segunda-feira, 9 de abril de 2012

Análise crítica


O mínimo sobre a obra de Piaget

Taila dos Santos Alves RA 118703



A Biologia foi a formação acadêmica inicial de Piaget, no entanto, por motivos religiosos transita pela Filosofia. Retorna a Biologia para elaborar sua teoria devido a falta de experimentação que a Filosofia oferecia e também pela necessidade recorrente de firmar a psicologia como ciência.

Nesse contexto biológico Piaget teceu toda a teoria que buscava responder a questão da construção do conhecimento e do desenvolvimento da inteligência de maneira interacionista, sempre direcionando para o sujeito e na sua ação sobre o objeto do conhecimento.

As bases biológicas trazidas por Piaget foram de fundamental importância para elaboração dos conceitos dos estágios do desenvolvimento e de assimilação e acomodação (levando a adaptação), se aproximando, nesse caso, das idéias evolucionistas.

Quando a temática se volta para a abordagem do pensamento e linguagem, Piaget aborda a linguagem como dependente do pensamento, de forma que o outro não é essencial para a manifestação da linguagem, e sim para o desenvolvimento do pensamento, uma vez que o sujeito atua no ambiente em que o outro está presente. De tal modo, é pertinente lembrar da noção da lalação e analisa-la como uma prévia de comunicação, discordando do que diz a teoria.

Direcionando a discussão para a aprendizagem a teoria piagetiana a apresenta pautada no desenvolvimento, ou seja, a aprendizagem quanto reestruturação dos esquemas mentais, oferecida pela equilibração, só é possível com o desenvolvimento do individuo (maturação biológica). Aqui é possível estabelecer uma relação com o papel do educador, cuja função seria propor situações de “desequilíbrio” que levasse a reestruturação e consequentemente aprendizagem, como também fornecer informações básicas, e quando possível demonstrações concretas sobre o objeto do conhecimento, de forma a permitir a ação do aprendiz. No entanto é claro que o aprender não se estabelece de forma tão simplista, uma vez que o aprendiz faz parte de uma sociedade e passa por situações que podem tanto estimular quanto interferir negativamente no processo, de forma que subtemas como motivação e emoção são de fundamental importância.

Como conseqüência de seus estudos iniciais sobre a construção da inteligência, Piaget, trata do juízo moral, constituído pela coação, presente nas fases de anomia e heteronomia e pela cooperação, de maneira que esta leva a capacidade de discernimento entre o certo e o errado (autonomia), e ao estabelecimento dos valores que moldam a conduta, merendo a afetividade um papel determinante na manutenção de tais fases.

Considerando essa mínima análise sobre os conceitos principais da obra de Piaget, é possível perceber a necessidade de se pensar o homem não apenas como um ser biológico ou social, isoladamente e sim na complexidade de ambos.

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