segunda-feira, 4 de junho de 2012


Gabrieli Maroso dos Santos  RA 091315
Vygostky nasceu na cidade de Orsah em 1896, região na época dominada pela Rússia. Apesar de ter vivido 37 anos, deixou uma obra extensa. Estudou Direito, Literatura, Medicina, Filosofia, Psicologia e Pedagogia. Busca na dialética de Marx a na filosofia de Espinosa orientações para os antagonismos retalhados pelo homem (Sawaia, 2009)
Busca entender o homem enquanto corpo e mente, enquanto ser biológico e ser social, enquanto membro da espécie humana e participante de um processo histórico. Sua teoria foi construída com base no desenvolvimento do indivíduo, resultado de um processo sócio-histórico, destacando a importância da linguagem e da aprendizagem de forma crescente.
Para Vigotsky a linguagem e pensamento têm raízes diferentes e independentes. No desenvolvimento da fala existe um estágio pré-intelectual e no desenvolvimento do pensamento uma estágio pré- linguístico. Em certo momento pensamento e linguagem se cruzam e a partir daí se tornam indissociáveis. Este momento crucial é marcado pela curiosidade da criança pelas palavras e pelo enriquecimento do vocabulário. O ser humano passa a ter a possibilidade de um modo de funcionamento psicológico mais sofisticado, mediado pelo sistema simbólico da linguagem. Quando o ser humano é capaz de dar significados as coisas é o que faz dar o grande salto, o que diferencia o homem dos animais. Esse processo supõe a internalização da linguagem. É uma forma de linguagem dirigida ao próprio sujeito com a função de auxiliar o indivíduo nas suas operações psicológicas.  Primeiro a criança utiliza a fala socializada, que tem como função a comunicação apenas. Com o desenvolvimento ela passa a ser capaz de utilizar a linguagem como ferramenta para o pensamento, ou seja, a internalização é um processo gradual.
No percurso do desenvolvimento Vigostky fala que a aprendizagem permite o desenvolvimento na medida em que se dá por processos de internalização de conceitos, que são promovidas principalmente no ambiente escolar. Estabelece o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) que é a distância entre o nível de desenvolvimento real, ou seja, determinado pela capacidade da criança de resolver problemas sozinho, e o nível de desenvolvimento proximal, determinado pela capacidade de solucionar problemas com ajuda de um parceiro mais experiente. São as aprendizagens que ocorrem na ZDP que fazem com que a criança se desenvolva ainda mais. Vigotsky da importância para o professor nesse processo, servindo de mediador entre a criança e o mundo, tornando o meio enriquecedor. A intervenção pedagógica que pode ser promovida pela escola possui extrema importância na promoção do desenvolvimento dos indivíduos. Cabe ressaltar que grupos heterogêneos são fundamentais para o desenvolvimento, já que alunos que sabem mais aprendem ensinando também. E num grupo heterogêneo há trocas entre todos. O professor não é o único mediador.
Wallon além de dar importância ao corpo da criança e a maturação biológica, considera importantíssima a emoção sendo o fator principal em sua teoria. Nasceu em Paris na França em 1879 foi graduado em psicologia, medicina e também filosofia. Para ele o desenvolvimento se dá em estágios e se desenvolve a vida toda em função da baliza social (questões morais, sociais e existenciais)
 Buscava entender o ser humano como um ser completo e fundamentou suas ideias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa.  As atividades pedagógicas e os objetos, assim, devem ser trabalhados de formas variadas. Os temas e as disciplinas não se restringem a trabalhar o conteúdo, mas a ajudar a descobrir o eu no outro e suas diferenças.
Discorrer a respeito dessas teorias me faz pensar na escolha da profissão, em especial de professor. Olho para o sistema de ensino, e sei que não sou a única que, sinto uma desesperança. Desesperança essa que deixa muitos profissionais, não apenas educadores, numa zona de conforto que impossibilita a mudança. Precisamos assumir esses desafios e responsabilidades. Fugir da alienação e ignorância, buscar caminhos que olhem para o ser humano como semelhante e ao mesmo tempo com suas próprias particularidades. Ter repeito e permitir um desenvolvimento completo, aceitar que cada ser recebe as informações do mundo de uma maneira de acordo com suas potencialidades. Cada indivíduo possui sua própria história.

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